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sábado, 25 de fevereiro de 2012

VAMOS FALAR DE MUDANÇA......

Mudanças na cidade e mudanças em nós. Sim, porque mudanças em nós significam mudanças na cidade, na forma como vivenciamos os espaços, interagimos, percebemos e sentimos os lugares pelos quais andamos, passamos. Obviamente mudanças na cidade afetam também as nossas vidas: causam transtornos, trazem alegrias, prenunciam prazeres.
As mudanças podem ser de diferentes ordens e aí se incluem as institucionais, protagonizadas pelos governos nas diferentes instâncias, as geradas pela iniciativa coletiva ou individual, isto é, aquela pertinente as mudanças de comportamento. Podem portanto, envolver muito ou pouco investimento, seja este investimento de capital financeiro, emocional, racional, disciplinar, etc.


Jaime Lerner, prefeito de Curitiba algumas vezes, escreveu um livro chamado "Acupuntura Urbana" onde indica claramente, como algumas atitudes individuais, coletivas ou institucionais podem mudar "a cara" do lugar, qualificando-o e regenerando-o.
Similar a tradição chinesa milenar, uma simples intervenção pode modificar profundamente os fluxos espaciais, alterando as características e usos dos espaços e de seus entornos. São pequenos gestos e/ou ações, que contêm, muitas vezes, a força da transformação e se propagam como rastilho de pólvora. Outros demandam mais esforço e paciência.
Não deveria ser tão difícil facilitar a vida alheia, mesmo para os mais egoístas e individualistas se isso significa facilitar a própria vida!! Invadir o sinal vermelho, não apenas coloca em risco a integridade física de pedestres e do próprio motorista, quanto dificulta, impede e trava o transito, tornando-se uma atitude tola e parva!!! E digam-me: quem quer ser tolo??? Ninguém!!! Mas porque agem assim as pessoas? Muitas vezes por imitação...
Estudos sobre a imitação do comportamento explicam a adoção de certo comportamento por um grupo de pessoas em função das atitudes tomadas por indivíduos que respondem de pronto, face, por exemplo, a uma situação de perigo. É comum durante um tumulto a multidão reagir emocionalmente, adotando a resposta dada pelos indivíduos que reagem na dianteira dos acontecimentos. É fácil testar essa hipótese. Num cruzamento preste atenção como o motorista mais próximo tende a imitar seu comportamento ou como você imita o dele. Experimente! Observe!
Isso significa que nossa responsabilidade é maior do que imaginamos. Estamos sim conectados, somos indissociáveis, embora nossa individualidade seja inquestionável. Vivemos em coletividade, mas parece que esquecemos esse pequeno detalhe. Respeitar e acatar as leis, as normas do bom senso, da boa convivência e da urbanidade, está longe de ser sinônimo de babaquice ou estultice. É simplesmente o mais inteligente a ser feito; é encarar o desafio de ser mais um na multidão, de compartilhar os espaços, de entender as diferenças, e saber-se parte indefectível de um todo vivo, complexo e mutável que é a sociedade, entendendo como sociedade uma estrutura sistêmica que interage com o ambiente onde se desenvolve e que, ao mesmo tempo lhe confere substância e desencadeia mudanças

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